É hora de focar no CBD, o segundo canabinoide mais abundante na maconha. Apesar de ser menos conhecido, o CBD pode ter um impacto significativo no bem-estar. Continue lendo para descobrir o que você precisa saber sobre esse composto importante.
Conteúdos
- O que é o CBD?
- Qual a diferença do CBD do cânhamo para a maconha?
- A Importância da Genética
- O Funcionamento do CBD e o Sistema Endocanabinoide
- O Fenômeno do Efeito Entourage
- O CBD não é Psicotrópico, mas Pode ser Considerado Psicoativo
- Métodos de Consumo de CBD
- CBD para Animais de Estimação
Dê uma olhada na espécie Cannabis sativa e você verá uma rica e diversificada coleção de compostos químicos. Alguns desses compostos conhecemos muito bem, como o icônico THC, que induz a sensação de euforia. No entanto, também há o canabinoide menos conhecido, o CBD, a ser considerado. Por quê? Porque o CBD possui várias qualidades que o THC simplesmente não oferece.
O que é o CBD?
Tanto o CBD quanto o THC pertencem a uma vasta família de compostos (estimados em 120 no total), e cada canabinoide interage um pouco diferentemente com o corpo humano. E, embora nosso conhecimento seja limitado em relação aos outros canabinoides, estamos lentamente aprendendo mais sobre o segundo mais abundante deles e o foco deste artigo – o canabidiol (CBD).
O CBD é como um irmão ou irmã do THC, mas não compartilha as propriedades psicoativas deste último. Em outras palavras, o CBD não induz uma sensação de euforia como o THC. No entanto, os dois compostos compartilham uma semelhança.
Qual a diferença do CBD do cânhamo para a maconha?
As concentrações mais altas de CBD vêm do cânhamo, uma subespécie de Cannabis sativa favorecida pelas indústrias comerciais. Graças à reprodução moderna e um toque de seleção natural, o cânhamo tem uma estrutura química rica em CBD e baixa em THC. E, embora o cânhamo seja a planta de escolha quando se trata de produtos para o consumidor, como óleo de CBD, suplementos de CBD e cosméticos de CBD, a cannabis não está totalmente fora do jogo. Você só precisará escolher variedades criadas especificamente por seu teor de CBD.
Na verdade, é a busca da indústria da cannabis por cepas ricas em CBD que desencadeou algo como uma revolução, especialmente nos últimos vinte anos. As cepas ricas em CBD estão finalmente se tornando comuns, resultado direto de criadores diligentes e de sua manipulação de cepas com fenótipos dominantes de CBD. Para os cultivadores caseiros, não é necessário se preocupar em cruzar cepas de cannabis ou clonar plantas-mãe ricas em CBD. Em vez disso, os bancos de sementes oferecem uma abundância de escolha. Por exemplo, a seleção de cepas de cannabis de CBD da RQS inclui Solomatic, Purplematic e Joanne’s CBD, uma cepa rica em CBD com quase nenhum THC.
Mas, como veremos, a criação de cepas dominantes em CBD não é tão simples quanto parece. Com a cannabis, sempre volta à genética. São as genéticas de uma planta que ditam quanto tempo leva para florescer, sua resistência a doenças. Essas genéticas também controlam os canabinoides e terpenos internos.
A Importância da Genética
Durante as primeiras fases do desenvolvimento de uma planta, a proporção de canabinoides é determinada pela biossíntese do precursor canabinoide CBGA com uma seleção de enzimas. No entanto, não pode se ligar a todos os três, e, dependendo de qual CBGA se liga, determina se uma cepa é dominante em CBD ou THC (ou uma mistura de ambos).
No entanto, como destacamos, as plantas de cannabis são estritamente controladas por sua genética. Portanto, uma vez que a natureza tenha feito o trabalho difícil para você, é possível cruzar cepas de CBD semelhantes ou clonar uma planta-mãe, refinando a concentração a cada iteração.
Ao longo dos anos, os criadores trabalharam para aperfeiçoar o processo mencionado acima, selecionando cepas que exibem os fenótipos corretos. Claro, ainda há uma quantidade incrível de experimentação acontecendo, mas o número de cepas de cannabis dominantes em CBD já aumentou drasticamente. Também é por meio da manipulação de vários fenótipos de CBD que os criadores podem alterar a proporção de canabinoides dentro da cannabis, um assunto que abordaremos com mais detalhes em breve.
Mas, obter CBD é apenas uma parte de um pedaço do quebra-cabeça. Para entender por que esse canabinoide merece sua atenção, também precisamos saber como ele interage com o corpo.
O Funcionamento do CBD e o Sistema Endocanabinoide
O Sistema Endocanabinoide (SEC) é um sistema regulatório vital encontrado tanto em seres humanos como em animais vertebrados. Ele desempenha um papel essencial na regulação de uma ampla gama de processos fisiológicos e patológicos em nosso corpo. Este sistema é composto por receptores, ligantes e enzimas que atuam como mensageiros entre as células.
Cada canabinoide, por meio de sua interação com o SEC, exerce uma influência única. Este amplo sistema de receptores está presente em todos nós e desempenha um papel fundamental na manutenção do equilíbrio do organismo. Quando nossos sistemas biológicos estão em harmonia, nosso corpo está mais bem preparado para enfrentar doenças, distúrbios e os desafios da vida moderna.
Para ativar o SEC, os canabinoides se conectam aos receptores de canabinoides, que são divididos em CB1 e CB2, presentes em várias células do nosso corpo. Esses receptores funcionam como porteiros, sendo proteínas incorporadas nas células que direcionam os sinais químicos, indicando o que fazer e quando fazê-lo. No entanto, eles não operam de forma autônoma. A ação dos receptores CB depende de sua localização no corpo e do canabinoide com o qual estão interagindo.
Esses receptores são específicos em relação aos canabinoides com os quais se ligam, seguindo um mecanismo semelhante a uma chave e fechadura – os receptores só são ativados quando detectam um canabinoide com a forma apropriada para se encaixar em sua “fechadura”. É por meio desses pontos de acesso que os canabinoides podem influenciar o corpo de diversas maneiras.
A maioria dos receptores CB1 está localizada no cérebro, sistema digestivo e sistema nervoso central, enquanto os receptores CB2 são mais prevalentes em nosso sistema imunológico. Por exemplo, o THC ativa os receptores CB1 responsáveis pelo equilíbrio do humor e motivação, resultando na sensação de euforia. Já o CBD adota uma abordagem menos direta, como exploraremos em breve.
O Fenômeno do Efeito Entourage
O efeito entourage é um fenômeno fascinante que envolve a interação harmoniosa de todos os compostos químicos encontrados na Cannabis. Isso significa que ele ocorre quando se utiliza o extrato completo da planta, incorporando todos os canabinoides, terpenos, flavonoides e outras substâncias, em vez de partes isoladas.
Um dos benefícios mais notáveis desse fenômeno é a maneira como os dois principais fitocanabinoides, o THC e o CBD, colaboram. Quando o CBD se une ao THC, isso ajuda a reduzir os potenciais efeitos colaterais do THC. De maneira semelhante, a associação do THC ao CBD permite uma redução na dose média necessária para o tratamento com o CBD.
Até este ponto, exploramos como os canabinoides exercem suas influências e como o CBD adota uma abordagem um pouco diferente, afetando enzimas e receptores específicos. No entanto, ainda não abordamos o cativante fenômeno do efeito de sinergia.
Apesar das notáveis diferenças nos efeitos e métodos de interação entre o THC e o CBD, eles compartilham uma característica comum. Quando trabalham juntos, suas habilidades individuais se potencializam. Na verdade, o efeito de sinergia é um fenômeno que, teoricamente, pode se estender a todos os canabinoides, terpenos e flavonoides.
Diferentes Tipos de Óleo de Cannabis Medicinal: Isolado, Broad Spectrum e Full Spectrum
Quando se trata de produtos de CBD obtidos por meio de processos de extração, como óleos, os detalhes específicos da extração e dos passos pós-extração influenciam quais componentes comporão o produto final. Isso, por sua vez, determina se o produto poderá oferecer um efeito de sinergia.
Óleo Isolado de CBD
Quando um produto é categorizado como um isolado de CBD, isso significa que a única substância presente da cannabis é o CBD, eventualmente com traços de terpenos. O processo de extração isola o CBD, que posteriormente é suspenso em um óleo veicular para uso. Devido ao fato de os isolados de CBD não incluírem os componentes adicionais encontrados na planta de cannabis, eles não proporcionam um efeito de sinergia.
Óleo Broad Spectrum (Espectro Amplo)
Os produtos de CBD de espectro amplo contêm uma variedade de compostos derivados das flores de cannabis, embora não todos. Em geral, os produtos de espectro amplo tendem a abranger praticamente todo o fitocomplexo da cannabis, exceto o THC. O potencial efeito de sinergia desse tipo de produto varia conforme a seleção exata dos compostos contidos nele.
Oleo Full Spectrum (Espectro Completo)
Os produtos de CBD de espectro completo incorporam todos os componentes encontrados nas flores não processadas da planta. Como o nome sugere, todos os elementos são extraídos e mesclados a um óleo veicular. Esses produtos contêm CBD, com teores muito baixos de THC (geralmente menos de 0,3%), outros canabinoides presentes nas flores não processadas, bem como terpenos e flavonoides. Devido a essa composição abrangente, muitas pessoas consideram que os produtos de CBD de espectro completo proporcionam um efeito de sinergia mais profundo.
Quais São os Efeitos do CBD?
Com o cenário do CBD estabelecido, incluindo como ele funciona e de onde vem, podemos finalmente explorar o que o canabinoide faz e qual é a sua influência potencial.
Para deixar claro: nada do que estamos descrevendo abaixo foi comprovado, e são necessários muitos mais estudos para confirmar as hipóteses apresentadas. Nós absolutamente não recomendamos o uso da cannabis como substituto de seu medicamento regular. Na verdade, se você já lida com problemas de saúde, deve consultar seu médico antes de experimentar qualquer forma de cannabis. Agende sua consulta com médica da CannaClub.
Sono
O sono desempenha um papel fundamental na restauração da nossa mente e corpo após um dia agitado. Lamentavelmente, muitas pessoas tendem a negligenciar a importância do sono devido às distrações e ao estresse da sociedade atual, que está em funcionamento 24 horas por dia, 7 dias por semana.
A pesquisa sobre os efeitos do CBD em distúrbios do sono ainda está em estágios iniciais. Alguns relatos de pessoas que usam CBD para dores crônicas indicam melhorias na qualidade do sono. No entanto, atualmente, não está claro se esses pacientes dormem melhor devido ao alívio da dor proporcionado pelo CBD ou se o CBD influencia diretamente o sono.
Estudos iniciais sobre o CBD e distúrbios do sono sugerem resultados promissores. No entanto, nem todos experimentam os mesmos benefícios para o sono com o uso de CBD, e doses diferentes podem levar a efeitos distintos. A pesquisa aponta que doses baixas de CBD podem ter efeitos estimulantes, enquanto doses elevadas de CBD tendem a ter efeitos sedativos. As diferenças nas experiências também podem estar relacionadas ao método de administração do CBD e à quantidade utilizada. É necessário realizar mais pesquisas para aprofundar nosso conhecimento sobre o papel do CBD como uma intervenção nos distúrbios do sono. Isso inclui investigar como o canabinoide afeta hormônios-chave do sono, como a melatonina e o cortisol.
Relaxamento
Infelizmente, a sociedade moderna de hoje traz consigo tensões e desconfortos constantes. Lidar com a ansiedade não é uma tarefa simples, já que suas origens e manifestações variam de pessoa para pessoa.
No entanto, um ponto comum em todos os casos de ansiedade é o papel dos receptores 5-HT e do neurotransmissor serotonina. A serotonina, muitas vezes chamada de “química da felicidade”, desempenha um papel direto no controle da ansiedade, ativando esses receptores. Normalmente, ela é liberada durante atividades físicas, como exercícios ou relações sexuais.
De maneira encorajadora, o CBD foi observado interagindo com esses receptores 5-HT e influenciando a transmissão serotoninérgica. Em estudos envolvendo dor neuropática, verificou-se que o “tratamento repetido com baixas doses de CBD reduziu a ansiedade por meio da ativação do receptor 5-HT.” Esses resultados sugerem a possibilidade de futuros ensaios clínicos para tratamentos baseados em CBD.
Recuperação Muscular
A recuperação muscular desempenha um papel essencial no desempenho esportivo e no bem-estar geral. A inflamação, muitas vezes percebida de forma negativa, é um mecanismo crucial nesse processo. Ela desempenha um papel fundamental no corpo, auxiliando na luta contra infecções e na reparação de tecidos danificados. Isso é vital não apenas para atletas, mas também para qualquer pessoa que deseje manter sua saúde e qualidade de vida. A formação de músculos mais fortes desempenha um papel fundamental na redução do risco de lesões e na manutenção de uma vida ativa.
No entanto, para que a resposta inflamatória seja benéfica, é necessário ter um sistema imunológico robusto. Mesmo que nosso sistema imunológico seja altamente benéfico, em algumas situações, pode se tornar desregulado, especialmente quando está sobrecarregado com a tarefa de reparar tecidos danificados. Nesses casos, pode ocorrer uma resposta inflamatória exagerada, na qual o sistema imunológico ataca não apenas as células prejudiciais, mas também as células saudáveis. Isso é particularmente preocupante quando o objetivo é promover a recuperação muscular eficaz.
O artigo “Potential Role of Cannabidiol on Sports Recovery: A Narrative Review” explora o uso potencial do canabidiol (CBD) na recuperação muscular de atletas. Embora existam evidências promissoras de que o CBD possa ter propriedades anti-inflamatórias, neuroprotetoras, analgésicas e ansiolíticas que podem contribuir para a recuperação muscular, a pesquisa atual ainda não é suficiente para estabelecer conclusões definitivas.
O CBD parece oferecer algumas propriedades que podem ser benéficas para a melhoria da recuperação muscular, principalmente na redução da inflamação, no alívio da dor e na redução da ansiedade. No entanto, devido à falta de estudos envolvendo atletas de elite e à necessidade de ensaios clínicos controlados com placebo, ainda não é possível fornecer orientações específicas sobre a dosagem e a frequência ideais de consumo de CBD. Além disso, devido à falta de regulamentação na produção de produtos à base de CBD e ao risco de resultados positivos em testes antidoping, os atletas devem abordar com cautela a inclusão do CBD em suas rotinas de recuperação. Portanto, mais evidências e estudos de alta qualidade são necessários para obter um entendimento completo do impacto do CBD na recuperação muscular e no desempenho esportivo.
Epilepsia
O artigo “Cannabidiol no Tratamento da Epilepsia”, escrito por Randi von Wrede, Christoph Helmstaedter e Rainer Surges, fornece uma visão abrangente e promissora sobre o uso do canabidiol (CBD) no tratamento da epilepsia. O estudo demonstra que o CBD de qualidade farmacêutica se mostrou eficaz no tratamento de epilepsias graves, como a síndrome de Dravet, síndrome de Lennox-Gastaut e síndrome do complexo de tuberosidade, levando à aprovação por órgãos regulatórios importantes, como a Food and Drug Administration dos Estados Unidos e a Agência Europeia de Medicamentos.
Além disso, o artigo destaca que o CBD tem demonstrado influenciar positivamente o comportamento e a cognição dos pacientes, o que é encorajador. Muitos pacientes com epilepsia enfrentam não apenas os desafios das convulsões, mas também efeitos colaterais significativos dos tratamentos convencionais. Portanto, a possibilidade de um tratamento alternativo com menos impacto negativo é uma notícia positiva.
No entanto, o custo do tratamento com CBD é mencionado como um desafio, uma vez que pode ser relativamente alto. Além disso, são observadas interações medicamentosas, o que destaca a importância de uma supervisão médica cuidadosa ao utilizar o CBD como tratamento.
Em resumo, o artigo fornece uma visão otimista sobre o uso do CBD no tratamento da epilepsia, destacando os benefícios comprovados e a esperança que ele oferece a pacientes que não encontraram sucesso com os tratamentos convencionais. Ele também destaca a necessidade de regulamentação e mais pesquisas para entender plenamente o potencial terapêutico do CBD em diferentes tipos de epilepsia.
O CBD não é Psicotrópico, mas Pode ser Considerado Psicoativo
Apesar de sua associação com a espécie Cannabis sativa, é importante destacar que o CBD (canabidiol) não é psicotrópico, embora possa ser considerado psicoativo em alguns contextos. A confusão em relação a esse tema geralmente deriva de sua conexão com o THC (tetrahidrocanabinol). Embora o CBD e o THC sejam ambos canabinoides encontrados na planta de cannabis, a maneira como eles interagem com o corpo e seus efeitos são notavelmente diferentes.
O THC é conhecido por produzir efeitos psicotrópicos, o que significa que ele tem a capacidade de alterar o estado mental e produzir uma sensação de “barato” devido à sua afinidade pelos receptores CB1 no cérebro, especialmente nas áreas relacionadas ao humor e motivação. Essa interação única é a razão pela qual a cannabis, que contém níveis significativos de THC, é proibida em grande parte do mundo moderno devido a preocupações com abuso e dependência.
Por outro lado, o CBD não demonstra afinidade significativa pelos receptores CB1 do mesmo modo que o THC. Em vez disso, o CBD age de maneira mais sutil e indireta. Ele trabalha nos bastidores para apoiar o sistema endocanabinoide do corpo, que desempenha um papel crucial na regulação de diversas funções fisiológicas. Devido a essa diferença na interação com os receptores e nas vias de sinalização, o CBD não produz efeitos psicotrópicos perceptíveis. No entanto, em alguns casos, as pessoas relatam efeitos psicoativos leves, como uma sensação de relaxamento ou alívio do estresse, mas esses efeitos são distintos dos efeitos psicotrópicos intensos associados ao THC.
Métodos de Consumo de CBD
O CBD oferece um vasto potencial terapêutico, e a diversidade de produtos disponíveis no mercado reflete essa amplitude. A ausência de toxicidade do CBD permitiu o desenvolvimento de várias formas de consumo, cada uma com características distintas. Vamos explorar com mais detalhes alguns dos métodos mais comuns para consumir CBD, considerando a sua eficácia e outras particularidades.
Óleo de CBD
Os óleos de CBD são uma das maneiras mais populares de desfrutar dos benefícios deste composto. Eles são administrados sublingualmente, o que significa que são aplicados sob a língua. Isso ocorre porque essa área é rica em pequenos vasos sanguíneos, permitindo que o CBD seja absorvido diretamente na corrente sanguínea. O uso de óleos transportadores, como azeite de oliva, óleo de cânhamo e MCT (óleo de coco), ajuda a melhorar a solubilidade do CBD, aumentando a sua absorção pelo organismo. Essa abordagem é eficaz devido à natureza hidrofóbica do CBD, o que o torna repelente à água e, portanto, mais difícil de ser absorvido pelo corpo quando ingerido.
Fumar CBD
Fumar CBD é uma opção que oferece uma notável vantagem em termos de biodisponibilidade quando comparado a outros métodos de consumo. A biodisponibilidade se refere à quantidade e à rapidez com que uma substância atinge sua área-alvo no corpo, que, no caso do CBD, é a corrente sanguínea. Quando o CBD é inalado, os pulmões possuem uma ampla rede de capilares que possibilitam a rápida absorção do composto na corrente sanguínea.
Uma das principais vantagens de fumar CBD é a rapidez com que os efeitos se fazem sentir. Geralmente, em apenas 15 minutos após a inalação, os efeitos podem ser percebidos. Essa velocidade é notável para aqueles que buscam alívio rápido, seja para questões de ansiedade, dor ou outros desconfortos.
No entanto, é importante ressaltar que, embora os efeitos do CBD fumado se manifestem rapidamente, eles podem não ter a mesma duração que outros métodos de consumo, como comestíveis ou óleos de CBD. Portanto, essa opção é ideal para situações em que um alívio imediato é prioritário, mas pode não ser a melhor escolha para aqueles que buscam uma experiência prolongada.
Vaporizar CBD
A vaporização do CBD é uma alternativa moderna e saudável ao ato de fumar. Com um vaporizador de alta qualidade, você tem a capacidade de aquecer o CBD a uma temperatura precisa, transformando-o em vapor em vez de queimá-lo, como acontece com a fumaça do cigarro. Esse método reduz significativamente a exposição a substâncias prejudiciais que podem ser inaladas quando se fuma. Além disso, a vaporização mantém a integridade das moléculas de CBD, garantindo que você obtenha o máximo de benefícios terapêuticos desse composto.
A vaporização oferece uma biodisponibilidade notavelmente alta, o que significa que o CBD é absorvido de forma rápida e eficaz, permitindo que você experimente alívio quase que instantaneamente. Isso é especialmente benéfico para pessoas que precisam de alívio imediato, como aquelas que sofrem de crises de ansiedade aguda ou dor intensa. Além disso, a vaporização é frequentemente vista com menos preconceito do que o ato de fumar, tornando-a uma opção atraente para muitos que desejam evitar os efeitos nocivos do tabagismo.
Comestíveis de CBD
Os comestíveis de CBD são uma categoria diversificada de produtos que oferecem uma abordagem única para a ingestão de CBD, e um exemplo notável são as gomas de CBD. Eles vão muito além dos tradicionais biscoitos e brownies e incluem opções como gomas de mascar, cápsulas, bebidas, chocolates e muito mais.
As gomas de CBD, em particular, se destacam por sua conveniência e sabor agradável. Elas são uma forma discreta e deliciosa de obter a sua dose diária de CBD. Além disso, com uma goma de CBD, você sabe exatamente quanto está consumindo, o que torna o controle da dosagem muito mais simples em comparação com outras formas de consumo.
Quando se trata dos efeitos dos comestíveis de CBD, é essencial destacar o início de ação mais lento. Após consumir um comestível de CBD, pode levar até uma hora para começar a sentir os efeitos. Isso ocorre porque o CBD precisa passar pelo sistema digestivo antes de entrar na corrente sanguínea. No entanto, uma vez que os efeitos se manifestam, eles tendem a durar mais tempo do que muitos outros métodos de consumo.
Esse efeito prolongado é uma característica valiosa dos comestíveis de CBD. Eles são ideais para situações em que se busca alívio a longo prazo e não é necessária uma ação rápida e imediata. Por exemplo, pessoas que desejam controlar a ansiedade ao longo do dia ou que buscam alívio para a dor crônica podem se beneficiar dos comestíveis de CBD. Além disso, os comestíveis de CBD também são uma escolha popular para quem deseja promover um sono tranquilo, pois os efeitos podem durar durante toda a noite, contribuindo para uma noite de descanso de qualidade.
CBD para Animais de Estimação
Agora que exploramos os fundamentos do CBD em humanos, é o momento certo para direcionar nossa atenção para nossos amigos de quatro patas, sejam eles gatos ou cães. Isso ocorre porque, assim como nós, nossos queridos animais de estimação possuem um sistema endocanabinoide.
Embora grande parte das informações sobre os efeitos do CBD em animais de estimação permaneça no domínio do anedotismo, já existem algumas pesquisas in vivo que nos fornecem algumas pistas valiosas. Os possíveis efeitos do CBD em animais parecem assemelhar-se aos observados em seres humanos, com o CBD influenciando seus cérebros, bem como seus sistemas nervosos, imunológicos e digestivos. Essas investigações têm como objetivo entender de que maneira o CBD afeta os sistemas nervosos, imunológicos e digestivos dos animais de estimação.
Contudo, é importante agir com cautela, pois nem todos os produtos de CBD são adequados para animais de estimação. Tanto gatos quanto cães são notavelmente mais sensíveis aos compostos menores encontrados na planta de cânhamo, como terpenos e flavonoides. Portanto, os produtos de CBD desenvolvidos especificamente para animais de estimação têm esses elementos cuidadosamente removidos para garantir a segurança e o bem-estar dos nossos amigos peludos, diferentemente dos óleos de CBD convencionais.
